30 de março de 2014

Se liga, garota!

 
Sinopse: Ser mulher é tudo de bom! Estudamos mais, aprendemos a cozinhar, cuidar da casa, ter filhos e sermos sucesso profissional, tudo isso sem sair do salto e ser perder a elegância... Ops! Isso é para o futuro. O momento agora é nos conhecermos melhor. A menina tem fases como todo mundo, mas cada fase da menina é linda, especial. As discussões com os irmãos vão perdendo o peso, pensar em namorar vai ganhando espaço, a preocupação com a aparência e a constante briga com o espelho acontece todo dia. Tudo isso é uma delícia, mas gera um tremendo estresse. Hummm... Como ser feliz com tanta coisa acontecendo? Se liga, garota! Dicas para toda hora e pra tudo que você sempre quis saber.
Desde o início uma amiga minha já havia dito: Esse livro tem cara de ser de auto-ajuda! Não discordei tanto. A autora dá alguns conselhos sobre assuntos bem discutidos nos dias atuais, baseados na palavra de Deus. É dividido em três partes (amor, amizade, amassos?) e a cada início de capítulo apresenta uma história, um exemplo sobre o que irá ser comentado. Os capítulos são bem pequenininhos, então dá pra ler muitos em apenas um dia, ou até o livro todo.
"Compaixão é uma empatia e simpatia para com o sofrimento dos outros, considerada como parte do amor em si. O próprio da compaixão é: Faça aos outros o que você gostaria que fizessem para você. Compaixão significa sofrer junto com. A compaixão é considerada umas das maiores virtudes."
(p. 43)
No fim dos capítulos tem o "Anota Aí". Em alguns aparecem perguntas com algumas linhas para que você possa responder, em outros são apenas dicas, muitas delas até aproveitáveis. É um livro legal, apesar dos milhões (sem exagero) de erros de português existentes.
"O oleiro não cola o vaso que está sendo feito, ele o desfaz e aproveita o material, a massa. Deus faz o mesmo conosco. Ele nos criou para sermos à Sua imagem, conforme a Sua semelhança, mas permitimos que a vida nos marque e fugimos de Seus propósitos. Mas quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, Ele nos faz novas criaturas. Somos restaurados para servir. Você  quer ser como um vaso novo? Deixe Deus moldar a sua vida!"
(p. 91)
A resenha, dessa vez, é bem pequena. Não há muito o que falar sobre o livro. Quem se interessa por leituras desse tipo, acho que vai gostar.


Título: Se liga, garota!
Título original: Se liga, garota!
Autor(a): Priscila Laranjeira
Editora: A.D. Santos
Ano: 2012
Páginas: 160
Nota: ★★★

29 de janeiro de 2014

Um porto seguro

Sinopse: Quando Katie, uma jovem misteriosa, aparece repentinamente na pequena cidade de Southport, na Carolina do Norte, questionamentos são levantados sobre seu passado. Linda, mas discreta, ela parece evitar laços pessoais até uma série de eventos levá-la a duas amizades distintas: uma com Alex, o viúvo com um coração maravilhoso e dois filhos pequenos; a outra com Jo, sua vizinha muito sincera. Apesar de ser reservada, Katie começa a baixar a guarda lentamente, criando raízes na cidadezinha e se tornando muito próxima de Alex e de sua família. No entanto, quando Katie começa a se apaixonar, ela se depara com um segredo obscuro que ainda assombra e a amedronta... o passado que a deixou apavorada e a fez cruzar o país. Com o apoio de Jo, Katie percebe que deve escolher entre uma vida de segurança temporária e outra com recompensas mais arriscadas... E que, no momento mais sombrio, o amor é seu único refúgio.

Mais uma vez Sparks conseguiu deixar-me sem palavras. Acredito que vou dizer a mesma coisa a cada resenha que eu fizer sobre seus livros, mas é a pura realidade. Ele consegue fazer com que qualquer história se torne empolgante, viciante. Katie (ou Erin) é casada com Kevin, um investigador hiper controlador e que não permite a vida social de sua esposa. Depois de um passado atormentador, Katie decide deixar seu marido que, sem entender o porquê, doa sua vida em procurá-la. A verdade é que Katie estava cansada de sofrer e apanhar sem motivos. Ela estava cansada de sentir-se limitada. Ao arquitetar vários planos, ela vai parar numa cidadezinha da Carolina do Norte, Southport. Lá ela vive algo que nunca imaginara reviver, aliás, ela havia dito para si própria que não permitiria se apaixonar novamente. Alex é um viúvo, pai de Kristen e Josh, dono de um mercadinho popular na cidade, ao qual Katie sempre faz compras. Involuntariamente ambos se conhecem a cada dia que passa, estabelecem um relacionamento forte, capaz de amenizar o sofrimento de Katie. Jo, melhor amiga e vizinha de Katie, está sempre por perto, disposta a dar conselhos, apoiar e escutar, quando necessário. Ela acaba nos surpreendo ao final do livro, mas é claro que não vou contar. Já dei meio que um spoiler básico, apesar de ser impossível que isso não acontecesse.

"(...) Quanto mais ele falava, mais ela percebia que ele era o tipo de homem que tentava encontrar o que cada pessoa tinha de melhor — o tipo de homem que não gostava de reclamar da vida. Ela tentou imaginar como ele seria quando era mais jovem, e gradualmente fez com que a conversa enveredasse por aquela direção. (...) Quando terminou de falar, ela sentiu receio de que ele fosse lhe perguntar sobre seu passado, mas ele pareceu pressentir que aquilo a deixaria desconfortável. Em vez disso, preferiu começar a contar outra história."
(ps. 116 e 117)
Por ser um investigador, é claro que não seria tão fácil enganar Kevin. À medida que fatos vão se concretizando, ele passa a ter provas, as quais o levarão de volta a sua amada esposa. Sua vontade de agarrá-la e amá-la contrapunha sua imensa ira, seu desejo de matá-la. Não era justo o que ela fizera, afinal, ele sempre a amou. Ele sempre fez de tudo por ela e por seu casamento. É claro, tudo isso é mentira. Katie não teria simplesmente fugido por nada. O enredo da história nos deixa intrigados e nervosos, loucos para saber qual será o desfecho. Será que Kevin a encontrará? Será que ele a matará? Será que Alex fará com que ela sinta aquele amor puro e sincero? Será que Katie confiará em alguém novamente?
"Kevin viu quando os balanços diminuíram a velocidade até pararem completamente e um bando de crianças desceu deles, mas não era ali que sua atenção estava concentrada. Em vez disso, procurou observar os adultos que estavam aglomerados ao redor da cerca do brinquedo. Continuou andando, seus olhos indo de uma mulher a outra. Loira ou morena, não importava. Procurou pelo corpo esguio de Erin. Do lugar onde estava, Kevin não conseguia ver os rostos das pessoas que estavam diretamente à sua frente; então ele mudou de lugar. Em alguns segundo, quando as crianças chegassem à saída, todos voltariam a se espalhar pelo parque.Andou rapidamente. Havia uma família à sua frente, com ingressos na mão, decidindo aonde iriam a seguir, discutindo em meio à confusão. (...) Nenhuma mulher magra, com exceção de uma. (...) Era inconfundível. As mesmas pernas longas, o mesmo rosto os mesmos braços esbeltos. (...)"
(ps. 340 e 341)
Esse livro também já foi retratado em filme e é sensacional (clique para ter acesso ao trailer). Como sempre, não há muitas ligações com o filme. Mas não o torna ruim, a ponto de não conseguir assistir. O legal de assistir um filme sobre o livro que acabara de ler é saber se tudo aquilo que você imaginou durante a leitura se concretizou, ou não. Ah, vai dizer que não é verdade? O final do livro é incrível. Sério mesmo, não deixe de ler!
"Katie sorriu e se virou, sabendo que aquilo não era uma ilusão ou algo criado pela sua imaginação. Ela sabia o que havia visto. Ela sabia no que acreditava."
(p. 414)
Título: Um porto seguro
Título original: Safe haven
Autor(a): Nicholas Sparks (site)
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 414
Nota: ★★★★★

30 de setembro de 2013

Um amor para recordar

Sinopse: Landon, filho de uma família tradicional, tentava aproveitar ao máximo a liberdade que a pequena cidade de Beaufort, na Carolina do Norte, proporcionava-lhe, antes de entrar na universidade. Jamie, filha do pastor da cidade, estava longe de ser uma típica adolescente. Sempre carregava uma Bíblia consigo e era o tipo de garota que tirava as ervas daninha do gramado de alguém sem que lhe pedissem, ou parava o trânsito para ajudar crianças pequenas a atravessar a rua. Eram distantes as afinidades que poderiam aproximá-los, mas, após o baile de formatura, o amor aconteceu e as diferenças de Jamie e Landon acabaram por uni-los na descoberta da alegria, da dor da perda e, sobretudo, da força transformadora do verdadeiro amor. E não foi por acaso que ambos viveram a história mais comovente de todos os tempos…
“Meu nome é Landon Carter, e tenho 17 anos.Esta é a minha história — e prometo contar tudo.No início você vai sorrir, e depois vai chorar — não diga que não avisei.”
(p. 11)
Bom, a maioria das pessoas que já ouviu falar desse nome, o conhece pelo filme (clique para ter acesso ao trailer). Confesso que minha expectativa para ler o livro só aumentava por já conhecer a história e realmente me surpreendi. Nicholas Sparks, autor do livro, descreve de forma maravilhosa cada frase, cada parágrafo, cada capítulo… Narrado em primeira pessoa e pelo personagem Landon, o livro fala de dois seres que jamais imaginariam aproximar-se um do outro. Estava perto do baile e Landon não havia arranjado alguém para acompanhá-lo, já que sua ex-namorada Ângela o havia trocado por um garoto mais velho que tinha um carro mais bonito. Como todas as garotas bonitas do baile já tinham seus pares, restava a ele procurar por alguém no livro de fotos dos alunos da escola. Aliás, era sua única esperança, ou teria de ficar servindo ponche e limpando os vômitos nos banheiros como os rapazes que iam desacompanhados para o baile. De todas as garotas visualizadas, Jamie Sullivan era “a mais razoável”. Após tanto folhear as páginas do livro, decidiu convidá-la, e a partir daí, mudanças ocorreram na vida de Carter.
“— Bem… Você gostaria de ir ao baile comigo?Eu percebi que ficou surpresa. Eu imagino que ela estivesse pensando que aquele pequeno preâmbulo até a pergunta se referia ao convite que alguma outra pessoa iria fazer. Às vezes os adolescentes enviavam amigos para — sentir o terreno —, por assim dizer, para não correr o risco de uma possível rejeição. Mesmo que Jamie não fosse igual aos outros adolescentes, tenho certeza de que ela estava familiarizada com o conceito. Pelo menos na teoria.(…)— Eu adoraria ir com você — ela disse, finalmente — mas com uma condição.Eu me endireitei, esperando que não fosse algo constrangedor demais.
— E o que é?
— Você tem que prometer que não vai se apaixonar por mim.
Eu sabia que ela estava brincando, pelo modo como riu, e eu não consegui evitar respirar aliviado. Às vezes, admito, Jamie tinha um ótimo senso de humor.
Eu sorri e dei minha palavra.”

(p. 43)
Carter assumiu o papel de Tom Thornton numa peça em que Sullivan seria o anjo. Isso os aproximou ainda mais, mesmo que ele tivesse vergonha de admitir a amizade. Depois da apresentação, Landon caiu em si e percebeu que estava apaixonado por Jamie. E aí, queridos leitores do blog, não contarei mais nada para não estragar a sensação de viver a história que se passa. Viver mesmo, pois é como se Landon estivesse sentado bem aqui do meu lado contando tudo o que aconteceu com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios. Esse foi o primeiro livro que li de Sparks e confesso que gostei muito. É um livro que rende muitas lágrimas, muita emoção, muito desejo em saber o que vem pela frente... Mais do que recomendado! 

“Eu respiro fundo, absorvendo o ar fresco da primavera. Embora Beaufort e eu tenhamos mudado, o ar ainda é o mesmo. Ainda é o ar da minha infância, o ar dos meus 17 anos, e, quando finalmente exalo, estou novamente com 57 anos. Mas está tudo bem. Dou um leve sorriso, olhando para o céu, sabendo que ainda há uma coisa que não contei a você. Agora eu acredito, apesar de tudo, que milagres podem acontecer.”
(p. 184) 
Título: Um amor para recordar
Título original: A walk to remember
Autor(a): Nicholas Sparks (site)
Editora: Novo Conceito
Ano: 2011
Páginas: 184
Nota: ★★★★★

9 de setembro de 2013

A fera

Sinopse: Eu sou uma fera. Uma fera. Não exatamente um lobo ou um urso, um gorila ou um cão, mas uma terrível criatura que anda em duas patas — uma criatura com dentes e garras e pelos surgindo de cada poro de minha pele. Sou um monstro. Você acha que estou falando de contos de fada? De jeito nenhum. O lugar é Nova York. O momento é agora. Não sofro de uma deformidade ou uma doença. E vou ficar dessa forma para sempre — destruído —, a não ser que possa quebrar o feitiço. Sim, o feitiço, aquele que a bruxa da minha aula de inglês lançou sobre mim. Por que ela me transformou em uma besta que se esconde durante o dia e rasteja à noite? Vou lhe contar. Vou lhe contar como eu costumava ser Kyle Kingsbury, o cara que você gostaria de ser, com dinheiro, beleza e uma vida perfeita. E aí vou contar como me tornei… A fera.
Alex Flinn conseguiu recriar a história de “A Bela e a Fera” com toda a perfeição de um conto de fadas e com uma pitada de atualidade. Desde pequena, uma das minhas princesas prediletas era a Bela e, claro, toda a minha admiração aumentou ainda mais depois dessa leitura. A história acontece em nada mais, nada menos do que Nova York. Kyle tinha tudo o que queria: Dinheiro, beleza, era filho de um apresentador de TV, tinha os “melhores amigos” que alguém poderia querer ter. Mas não tinha nem um pouco de bondade ou humildade, beleza interior. A partir de então, Kendra (a bruxa) fará com que ele repense sobre o seu conceito de beleza e a grandeza do amor verdadeiro. É aí que Lindy entra no conto. Doce, inteligente, intelectual, causará muitas mudanças nas atitudes e na forma de pensar do protagonista.  
“Se eu não tivesse sido transformado, nunca saberia o que estava perdendo.
Agora, pelo menos, eu sabia. Ser uma fera para sempre, se fosse o caso, já era melhor do que qualquer coisa que eu havia sido antes. 
Tirei um par de tesouras do bolso, encontrei a mais perfeita das rosas brancas e a entreguei para ela. Eu queria lhe dar tudo, até a liberdade.
Eu amo você, pensei.
Mas não disse nada. Não que eu tivesse medo de que ela risse da minha cara, ela era boa demais para isso. Meu medo era maior: De que ela não dissesse que sentia o mesmo.”
(p. 236)
O livro é narrado em primeira pessoa e nos envolve de uma maneira encantadora, fazendo com que nós, leitores, tenhamos vontade de devorar por completo cada página. No decorrer da história, aquele menino arrogante e preconceituoso acaba desaparecendo e acabamos nos surpreendendo com o que ele se torna, com o modo que ele passa a enxergar o mundo.  A Fera já ganhou espaço nas telinhas e é interpretado por Alex Pettyfer e Vanesa Hudgens (clique para ter acesso ao trailer). Confesso que ambos (o livro e o filme) são maravilhosos. Os dois trabalhos encantam completamente o espectador e o leitor. O filme nos mostra a Kendra nem tão ativa, mas ao observar no livro, percebemos que ela esteve ao lado de Kyle o tempo todo e não o enfeitiçou pelo simples fato de vingança ou algo do tipo. Ela sabia no que Kyle estava se transformando e fez isso como uma forma de preocupação. Uma das coisas que achei super legal no livro foi a sala de bate-papo. Lá personagens de outros contos de fadas reuniam-se para falar de suas experiências, o que acabava sendo engraçado.
“Lindy veio até mim e tropeçou no bandido ferido.
– Adrian, você veio.
– Eu vim – concordei.
O mundo foi ficando enevoado, muito enevoado, enevoado e escuro, limpo e com o cheiro adocicado como o de uma rosa.
– Mas como você soube? – perguntou ela. – Como soube onde eu estava?
– Eu soube. – Minha barriga doía onde a bala havia entrado. – Eu soube por... – Mágica. Amor. Instinto animal. Como Jane soube sobre Rochester. – Eu simplesmente soube.”
(ps. 281 e 282)
Título: A fera
Título original: Beastly
Autor(a): Alex Flinn (site)
Editora: Galera Record
Ano: 2011
Páginas: 320
Nota: